Vi o mundo vaguear, encontrei mentes a divagar,
corri e vesti as vestes mais alvas que possuía...
no meu peito o amor ardia... pelas vidas a caminhar
sem rumo, vazias e tristonhas e me entristecia.
Olhei para o céu e as nuvens macias convidavam
pela sua maciez e brancura... teceram uma escada
para que lhes achegasse... enquanto todas ensaiavam
uma nova forma de presentear o mundo na alvorada.
Vi estrelas reluzentes, umas mais incandescentes
todas brilhavam, algumas caíam e ofertavam a luz
que delas emanava e como fios aqueciam ... reluzentes
faziam corações ressuscitarem era uma luz que produz
Suavidade e ternura, apenas viera de um gesto
de segurar as estrelas uma a uma para iluminar
os rostos, que estavam cansados pelas lutas e protesto,
por vivermos dias onde a esperança nos faz desanimar,
Pela ausência de dias melhores, mas havia uma luz
que brilhava intensamente dentro de cada coração,
só que ela estava tão adormecida e na contraluz
ela não brilhava, só precisava apenas de uma razão...
Apanhei uma a uma com amor, as estrelas sem cessar
cada vez que as tocava, elas agora se agigantavam
era a luz que derramava sentia o amor desabrochar
que gritava o meu coração, e assim elas enfeitavam
O coração daqueles que tristes e errantes choravam
porque viram na estrela, não um objecto a cintilar
mas elas traziam marcas do céu, que aquietavam
os corações que agora tinham um brilho no olhar.
E a luz que delas emanava não tinha um brilho
qualquer, tinha o toque de Jesus que a tempo viera
consolar através da oração e endireitar o trilho
que é a nossa vida, que nem sempre ora mas espera...
Um milagre acontecer, a lua agigantou-se no céu
Tudo se fez luz e cor, vesti-me de esplendor
para que pudesse ao Pai me achegar através do véu
e deixo o meu clamor em oração repleto de amor!
Autor: Alice Barros
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