No dia em que o meu viver
nas tuas mãos perecer
pela porta da frente da minha vida,
nas janelas voltadas para norte,
colherás violetas e amores-perfeitos
e saberás que os caminhos são estreitos,
para neles encontrares guarida.
Eu já não estarei mais contigo
Terei nas mãos apenas a gratidão
do céu a jorrar pela porta do mundo
ver-te-ei passar com o coração na mão
sendo sempre o teu abrigo.
Esquecerei que um dia,
fui dor na doença,
campos verdes da esperança
para sempre lembrarei
das estrelas cadentes
colherei o brilho
e na eternidade nova vida,
terei como recompensa.
Serei um olhar,
uma lágrima, um sorriso,
no ourives buscarei um diamante
e o colocarei como pingente,
para adornar os longos braços
da eternidade.
Autor: Alice Barros
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